Implantes Dentários: EXISTE REJEIÇÃO?
- Dr. Carlos Kleber
- 26 de nov. de 2022
- 3 min de leitura
A perda de um dente é sempre um momento delicado no consultório, pois muitas vezes as soluções para sua substituição vem carregado de inúmeras dúvidas. Quando a opção de reabilitação são os implantes dentários, uma das questões mais levantadas pelos pacientes é a respeito da possibilidade de rejeição do implante pelo nosso organismo.
A rejeição pode acontecer quando um órgão é transplantado de uma pessoa para outra, como por exemplo um transplante de rim, por ativar o nosso sistema de defesa contra o órgão recebido. No caso dos implantes dentários não ocorre a rejeição uma vez que eles são implantados e não transplantados.
O implante consiste numa solução que permite a substituição da raiz de um dente por um parafuso de titânio, um metal compatível biologicamente com o osso humano e que consegue se integrar facilmente nos maxilares, funcionando como uma raiz artificial para suportar um ou mesmo vários dentes. Portanto, o titânio, material do que é feito os implantes, é indicado, inclusive, para diversos tratamentos médicos, como a ortopedia, e odontológicos, como no caso de implantes dentários, não provocando nenhuma reação negativa ao organismo.
O que pode ocorrer, embora com possibilidades mínimas, são problemas decorrentes às etapas que integram o procedimento, como por exemplo, situações de intercorrências na cirurgia, infecções e planejamento inadequado. No período pós-operatório as falhas podem ocorrer devido ao processo de cicatrização deficiente, pela qualidade óssea do paciente ou mesmo por questões mecânicas relacionadas à prótese, além da tensão apertamento ou bruxismo. Outro fator muito importantes a ser observado diz respeito àqueles decorrentes da saúde geral do paciente. Lembrando que uma higienização oral adequada é primordial para o sucesso do processo.
A falta de estabilidade primária, trauma cirúrgico e infecção parecem ser as causas mais importantes da perda precoce do implante. Sinais de infecção podem ser uma indicação de um resultado muito mais crítico do que se as mesmas complicações ocorrerem posteriormente, devido à perturbação do processo de cicatrização óssea. A tensão e a doença periodontal sobre o implantes parecem ser os fatores mais importantes associados a falha tardia. Projetos de implantes abaixo do ideal e construções protéticas inadequadas estão entre os fatores de risco responsáveis por complicações e perdas de um implante. Esta revisão concisa destaca as principais razões associadas ao fracasso precoce e tardio do implante, pois o conhecimento aprofundado desse fato clinico inevitável é essencial no campo da implantodontia oral.
Ainda existe um outro item que não podemos ignorar quando se fala em perda de um implante, que seria o de não respeitar o período necessário para que ocorra uma união direta de um implante junto ao tecido ósseo (Osseointegração), que é um processo natural do organismo que consiste na formação de osso ao redor do parafuso de titânio que pode ocorrer num período de 04 à 06 meses após a cirurgia. Seria a união perfeita entre o osso e o implante dentário, provocando uma estabilização que impede qualquer tipo de inflamação ou dor.
Atualmente os implantes são a forma mais eficaz de repor os dentes perdidos, seja pelo conforto proporcionado, seja pela alta taxa de sucesso, possibilitando as pessoas voltarem a sorrir e a se alimentar sem qualquer tipo de preocupação.
Caso o procedimento tenha sido realizado corretamente e o paciente tenha respeitado as orientações pós-operatórias, a taxa de sucesso das cirurgias é muito alta, sem nenhuma perda ou rejeição.
Dr. Carlos Kleber
Clínico geral, Implantodontia e Endodontia
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